quarta-feira, 10 de setembro de 2014

28 de agosto de 2014 - Relato de um quase parto




Nunca pude imaginar como seria você.  Seus olhos... sua boca... cabelos...
Te desenhava em meu pensamento mas nada equipara a perfeição que Deus me deu.
As 8:05 da manhã de uma quinta feira.
Mamãe estava eufórica.  Em estado de êxtase. Anestesiada no corpo e na alma. Chorava. Junto ao meu choro inocente.
Talvez meu relato de parto seja mais preciso se contado da visão do papai. E ele o fará. Mas do pouco que me lembro ainda dói. Uma dor estranha. Como se dissesse eu venci, ganhei a guerra. Mas estou exausta. Pelas batalhas que perdi ao longo dessa jornada.
Foram meses de estudo, de informações,  tudo em prol de um parto digno para minha filha. Parto com amor e respeito.
As circunstâncias me levaram por um caminho onde eu já sabia o final, mas não pude refutar.
Alguns me dizem, o importante é que ela tá bem, nossa quanto exagero, tá dramatizando. Não consigo concordar. A única coisa que merecíamos era respeito. As vias de parto, procedimentos médicos... tudo se perde quando você ouve o coração da sua filha desacelerar.  Se me amputassem pelo bem dela eu concordaria (não pediriam minha opinião). Mas tratar o nascimento como presenciei acho inconcebível. 
Meu relato de parto pode ser confuso, vago... mas precisa ser agora. Antes que eu me convença que realmente o que importa é ela estar bem.
Já não posso mais dar a ela a chance de nascer de novo. Então só me resta ensina-la sobre as coisas da vida... quem sabe, como disse o Dr Braulio, no meu próximo parto eu ainda tenha que lutar contra o sistema. Mas quando a Aninha for mãe já tenha o direito de parir.
Aos poucos vou elaborando e processando os acontecimentos e compartilharei aqui.
Entre uma mamada e outra. Graças a Deus, nem todo o trauma que passei me impediram de amamentar (meu segundo maior medo).

O relato será em partes. 
A medida que eu consigo processar.

Postarei aqui o link a medida que forem publicados:

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